sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Quando um gato deixa de comer - 1ª Parte



Há cerca de quinze dias, eu e meu marido fomos de férias por cerca de dez dias, deixando uma pet-sitter para ir diariamente ver os nossos três gatos que deixamos em casa.

Parecia tudo muito bem, até voltarmos de férias e passados alguns dias, a minha Diana Riscas andar a bufar à Bia e ao Jordan sem motivo aparente.

Diana Riscas já é uma gata adulta e querer mandar nos outros dois gatos mais velhos não seria novidade alguma, disse-me a minha veterinária.

Porém, temos de estar atentos a todos os pormenores, pois nem sempre o que parece é, no mundo dos gatos.


Percebi que a pequena Diana não atacava a Bia e o Jordan, antes queria se afastar destes.

E depois, cada vez mais escondidinha a um canto, reparei que mal comia e nem se aproximava das taças de água que tenho à disposição dos meus felinos.

Como está gordinha, a conselho da veterinária, precisava diminuir as latinhas da comida húmida pelo que comecei a reduzir para uma por dia.

Porém, a minha Diana Riscas estava mesmo com aversão a qualquer contacto com outros gatos e o Jordan que a ama tanto nem podia chegar perto dela.


Aos poucos, fui percebendo que a Diana não queria estar com os outros gatos. Deixava-se agarrar por nós, humanos, aconchegava-se, mas mal a Bia ou o Jordan apareciam, era uma guerra de bufos e rosnos.

Os bufos eram tão fortes e violentos que decidi colocar a Diana Riscas num quarto separado durante a noite, colocando-lhe água e comida e só assim conseguimos dormir tranquilos.

O Jordan chorava à porta do quarto à espera dela mas depois descansou e o silêncio voltou à nossa casa.

O que mais me intrigou foi o facto da Diana não fazer qualquer barulho do outro lado para sair do quarto, o que seria de esperar num gato que gosta de estar em toda a casa.

No dia seguinte, fui ver a Diana Riscas e esperava que ela estivesse com vontade de sair do quarto, mas a minha admiração foi maior quando a vi dentro da transportadora quieta a um canto.

Os seus olhinhos pareciam me dizer: 
- Leva-me por favor para o veterinário!

Realmente, um gato estar quieto em uma transportadora, não é normal. 

Reparei que ela não tocou na comida durante a noite, o que era mais estranho ainda.

De imediato, eu e meu marido levamos a Diana Riscas à sua veterinária. Então, lá chegando, verificou-se que a sua temperatura não estava muito boa e que o melhor era fazer um exame de sangue e ficar internada com soro pois parecia desidratada.

Quando a veterinária teve o resultado dos exames, ela explicou-me um pouco do que estava a acontecer com a Diana Riscas:

Por alguma razão, Diana Riscas não estava a comer o necessário porque a ureia estava baixa. E para além disso, também não bebeu água  o suficiente e ficou desidratada.


Diana Riscas como já estava um pouco gordinha, ao comer pouco, o corpo foi buscar a gordura armazenada, sobrecarregando o fígado. As enzimas do fígado aumentaram, o que lhe causou desconforto e enjoo, comendo cada vez menos e se refugiando dos outros gatos. Algo assim parecido acontece quando nós estamos com uma crise de fígado.

E assim, a Diana Riscas teve de ficar internada na clínica a partir daquele dia de sábado quando a levamos para ser consultada.

(Continua no próximo artigo)